De um confronto entre policiais e manifestantes nos Estados Unidos, em 28 de junho de 1969, surgiu a data em que se celebra a diversidade e marca a luta pela vida.
O dia do orgulho LGBTQIAPN+ é uma data marcada pela celebração da diversidade e pela reafirmação de identidades e lutas. Carregado de histórias de resistência, o 28 de junho encerra o mês do orgulho como forma de lembrar que lutar contra a opressão, discriminação e violência é uma bandeira de quem quer viver em uma sociedade mais justa e inclusiva. Cada letra da sigla LGBTQIAPN+ representa uma faceta única dessa comunidade múltipla, formada de várias identidades que compõem um rico mosaico de diversidade.
Durante o ATL 2024, o maior encontro de povos indígenas do Brasil, foi reafirmada a importância da luta por reconhecimento, acolhimento e reparação. No Manifesto Indígena LGBTQIAP+, o movimento indígena LGBTQ declarou que suas identidades não são apenas contemporâneas ou modas passageiras. Elas existem e resistem desde o princípio, carregando um legado de coragem e resistência, como o de Tibira, indígena tupinambá brutalmente assassinado no século 17, acusado de sodomia. A história de Tibira é um testemunho da brutalidade colonial, mas também da resiliência e da luta contínua por reconhecimento e respeito. Hoje, honram seu legado, lembrando que a luta por direitos e dignidade tem raízes profundas
O 28 de junho não é apenas uma data de celebração de quem são, mas também serve para reforçar a luta constante contra as opressões que ainda persistem. Enfrentam diariamente as consequências de um sistema que muitas vezes os marginaliza, nega seus direitos básicos e tenta apagar suas existências. Contudo, continuam a resistir, a se organizar e a lutar por um mundo onde todas as formas de amor e identidade sejam reconhecidas.
Marchamos juntos, somando forças por um Brasil que valoriza a diversidade, com todas as existências livres para serem celebradas e respeitadas.
