Observatório Tucum

Bela Yawanawá, aldeia Mutum (AC). Foto: Sebastião Salgado.

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“A Funai acabou!”
Primeiro e único fotógrafo a trabalhar diretamente nas aldeias do povo Korubo, na região do Vale do Javari (AM), Sebastião Salgado é também ativista da causa indígena e pela preservação ambiental. Em entrevista, o fotógrafo responsabiliza a FUNAI pela negligência de medidas protetivas dos povos isolados e lamenta o desmonte da instituição. Fonte: UOL

Em cartaz no SESC Pompeia, a exposição Amazônia, de Sebastião Salgado traz os registros feitos ao longo de sete anos junto a doze povos indígenas da Amazônia profunda. Em mais de 200 fotografias inéditas, a exposição fica no SESC até 31 de julho. via@sebastiaosalgadooficial


Relatório da ONU: povos da Amazônia sob riscos severos
O Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática, Ipcc, lançou seu novo relatório, mostrando os “perigos inevitáveis” que o ecossistema continuará enfrentando nos próximos 20 anos devido ao aquecimento global. Pela primeira vez, o relatório do Ipcc traz um olhar sobre o impacto social da mudança climática na região da Amazônia e como os povos indígenas e populações tradicionais já estão sofrendo as consequências dessa crise. via@socioambiental Fonte: UN News

“No caso da Amazônia brasileira, a gente tem mostrado que os povos indígenas e a população mais tradicional, ela está no cerne da questão dos impactos que geram a vulnerabilidade à exposição, que é a mudança do uso da terra, que são atividades ilegais de desmatamento, de mineração, conflitos fundiários que acontecem dentro do seu território e mais os impactos das mudanças climáticas. O que a gente mostra é que essa população está num risco muito, muito grande.” Patrícia Pinho, especialista em ecologia humana e co-autora do relatório Ipcc.

Rezadeiras Guarani e Kaiowá enfrentam violência e perseguição
Instituições de defesa dos Direitos Humanos, juntamente com organizações da Aty Guasu, percorreram três diferentes territórios Kaiowá e Guarani no MS com o objetivo de acompanhar os recentes casos de incêndios com indícios de crime provocados contra as casas de rezas (oga pysy), assim como agressões, ameaças, torturas e tentativas de homicídio contra nhanderu (rezadores) e feminicídio contra as nhandesy (rezadoras), vindo de membros de igrejas pentecostais – em específico, a Igreja Deus é Amor. As consequências das violências incluem danos físicos, espirituais, psicológicos e materiais contra os guardiões de nossa ancestralidade, representados por anciãos e anciãs violentadas junto com suas famílias. via@ANMIGA
Leia o relatório na íntegra, aqui. Saiba mais: https://diplomatique.org.br/intolerancia-religiosa-contra-rezadeiras-guarani-kaiowa/

https://apiboficial.org/files/2022/03/Relato%CC%81rio_Intolera%CC%82ncia-religiosa-racismo-religioso-e-casa-de-rezas-queimadas-em-comunidades-Kaiowa%CC%81-e-Guarani.pdf
Casa de reza do povo Kaiowá na tekoa Avaeté, no MS. Foto: Cimi


Incentivo à exploração de terras indígenas
Desta vez usando como pretexto a guerra entre Rússia e Ucrânia, o governo brasileiro se posicionou novamente a favor da mineração em terras indígenas. A maior parte dos fertilizantes usados no agronegócio brasileiro vem da Rússia e uma possível escassez motivada pelas sanções econômicas de países ocidentais ao governo russo é dada como certa.Fonte: NEXO

Beto Marubo é liderança indígena do povo Marubo, que traz as pautas das lutas dos povos originários frequentemente em suas redes.

Cumplicidade na Destruição

O relatório de autoria da APIB e da @AmazonWatch, detalha, em estudos de caso, os impactos das atividades e as violações de direitos protagonizados por cinco mineradoras: Vale, Anglo American, Belo Sun, Potássio do Brasil e Mineração Taboca. Com apoio do Observatório da Mineração, foram resgatadas as trajetórias dos conflitos com as comunidades locais e seus desdobramentos atuais, que vão desde a invasão de territórios tradicionais à contaminação por metais pesados e o desrespeito ao direito de consulta e consentimento livres, prévios e informados garantido pela Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Fonte: @mídiaÍndiaoficial

leia o relatório completo: https://cumplicidadedestruicao.org/

Crime organizado avança pela floresta

Como as rotas do narcotráfico são as mesmas utilizadas para o escoamento do ouro e da madeira ilegal, organizações criminosas como o Comando Vermelho e PCC passaram a investir em grilagem, madeireiras e garimpo, como revela a reportagem da Carta Capital . Por exemplo, a região do Rio Uraricoera, na Terra Indígena Yanomami, está repleta de foragidos da Justiça. Em entrevista à revista, Roney Cruz, que é chefe da Divisão de Inteligência e Captura do Sistema Prisional de Roraima, o Dicap, explicou que a facilidade de lavar dinheiro do tráfico de armas e entorpecentes com ouro ilegal levou vários traficantes ligados a facções criminosas a atuar em parceria com garimpeiros. E que há fortes evidências de que traficantes já investem em maquinário para exploração do ouro. Paralelamente, fazem escolta armada de empresários ligados ao garimpo ilegal e são contratados para assassinar ativistas, rivais e fiscais. À reportagem contou ainda, que integrantes do PCC tinham um barco no Rio Uraricoera apelidado de “Funerária”, usado apenas em missões homicidas. via@midiaíndiaoficial

https://www.instagram.com/casaninjaamazonia/


Chama, chama que elas vêm!
Durante a 2ª Marcha das Mulheres Indígenas, a Amazônia Real realizou um ensaio fotográfico com 92 mulheres de 55 povos das cinco regiões do país e entrevistou uma dezenas delas. Conheça o projeto e as histórias por trás das fotos na matéria da Amazônia Real.

Projeto A Força Delas. Fotos: Marizilda Cruppe/Amazônia Real.