Observatório Tucum

Foto: Ricardo Stuckert, do livro “Povos Originários – Guerreiros do tempo” 

Toda semana aqui no blog, nosso radar do movimento indígena!


Nome aos bois
Em reportagem especial, a agência Pública destrincha quem são e como operam os maiores desmatadores das unidades de conservação do país. Em 13 anos, mais de R$ 3 bilhões foram aplicados em multas por crimes ambientais. “(…) grande maioria do desmatamento na Amazônia ocorre num raio de proximidade das estradas”, explica Antonio Oviedo, assessor do Programa de Monitoramento de Áreas Protegidas do Instituto Socioambiental (ISA). “No início dos anos 2000, quando o governo anunciou que iria pavimentar a BR-163, houve uma corrida de ocupação irregular, de exploração ilegal de madeira na região, já esperando que aquele eixo rodoviário pavimentado serviria ao escoamento dessa produção toda”, diz. Fonte: A Pública.

Uma Funai anti-indígena
“Os parentes isolados só existem nos dados da Funai. Sem a proteção, qualquer um pode ir lá e matá-los. Na Amazônia, isso é fácil. O grileiro pega um monte de pistoleiro, entra nas terras e some com os índios. E vai dizer: ‘Eles não existem, não estavam aqui’”, alerta Beto Marubo, representante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava), região com maior número de povos em isolamento no planeta. Fonte: Brasil de Fato.

Foto do presidente da Funai, Marcelo Xavier, sendo queimada durante protesto em Brasília em junho de 2021 – Divulgação/Apib


Luto e ameaça na aldeia Pataxó
Vitor Pataxó, jovem liderança de seu povo, foi assassinado com um tiro nas costas ao pedir respeito pelo território e que o som de uma festa não-autorizada fosse desligado às 22h. Na mira de bandidos, o povo Pataxó aguarda a decisão do STF sobre o fornecimento de água e energia à Aldeia Novos Guerreiros, na T.I Ponta Grande, hoje suspensos pela batalha judicial. Fonte: Jornalistas Livres.


Manifesto
No contexto do aniversário da Semana de Arte Moderna de 1922, o Museu da Língua Portuguesa de SP apresentou o Sarau Ajuri de Makunaimi, com curadoria de Julie Dorrico e participação de artistas como Gustavo Caboco, Vanda Pajé, Sony Ferseck, Ian Wapichana. Barbara X e Moara Tupinambá, também fizeram parte do evento, demarcando o museu com distribuição de seus manifestos impressos.

Foto: reprodução instagram/MoaraTupinambá


Metamorfose constante
Vai até 04 de abril a mostra “O Lápis mais criativo do mundo”, no Museu da Língua Portuguesa em SP. A exposição traz Uyra Sodoma compartilhando um pouco do seu processo criativo, numa experiência de imersão audiovisual. Imperdível!

Foto: reprodução Instagram/Uyra Sodoma


A terra é dos Piripkura
Alvo de madeireiros e invasores enquanto o processo de demarcação se arrasta por quase 40 anos, a T.I Piripkura, no MT, considerada a porta de entrada da Amazônia Legal, quase teve 12 mil hectares vendidos em um leilão, sem qualquer interferência da União ou do governo do estado. A área faz parte de uma fazenda usada por uma construtora para quitar dívidas na Justiça e não poderia ser negociada por estar um espaço identificado pela Funai desde 1985 como de uso restrito, mas que ainda precisa de estudos para a demarcação da terra pelo Ministério da Justiça. O caso foi denunciado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que seguiu com o processo de venda. Fonte: O Globo

ATL 2022: Retomando o Brasil
A 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), após dois anos de realização virtual, chega à capital federal de 4 a 14 de abril. Com o tema: “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política”, o ATL traz pautas urgentes que ameaçam vidas e tradições dos povos originários. A demarcação dos territórios segue como bandeira principal, de forma que a defesa pela vida contra a agenda de destruições é a prioridade do movimento. Quer apoiar o ATL? https://doa.re/terralivre


Agentes agroflorestais indígenas
O Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF) realiza em Rio Branco (AC), o XXVII Curso de Formação de Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFIs). O curso, que acontece anualmente desde 1996, é coordenado pela Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre) em parceria com a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (AMAAIAC). Artes e Ofício e Ecologia Indígena, Criação e Manejo de Animais Domésticos e Silvestres; Saúde Ambiental; Cartografia Indígena; Horta Orgânica; Língua Indígena e Portuguesa; Matemática; Fundamentos e Diretrizes da Função do AAFI, Tecnologia Social, Informática e Agrofloresta são as disciplinas que serão ministradas na formação. Via @MídiaÍndiaOficial
Fonte: Comissão Pró-índio do Acre

Pedro Bilo Kaxinawa, em atividade da disciplina Horta Orgânica, no XVI Curso de Formação realizado 2019. Foto: Leilane Marinho



Cinema indígena no “É tudo verdade’
Após dois anos com programação inteiramente virtual, o “É Tudo Verdade — Festival Internacional de Documentários” volta a ter sessões presenciais. Em sua 27ª edição, o mais importante evento do gênero do país ocupa salas de cinema em São Paulo e no Rio de Janeiro a partir de 31 de março até 10 de abril, com exibição gratuita de 77 filmes. O encerramento será com “O território”, documentário do norte-americano Alex Pritz, que recebeu o prêmio especial do júri e o prêmio de melhor documentário pelo júri popular no Festival de Sundance. A produção segue um jovem líder indígena brasileiro do povo Uru-Eu-Wau-Wau na luta contra fazendeiros que ocupam uma área protegida da floresta amazônica. Fonte: O Globo

Foto: divulgação O Território


Biomédica Suruí
Tonica Homangadje Suruí, de 28 anos, é a primeira biomédica da sua aldeia. O pai, Mopiry Suruí, estava lá para apoiá-la. A seu lado estava também a indigenista Ivaneide Bandeira, a Neidinha, que também é tia de Tonica. “”A gente precisa de profissionais para cuidar da saúde indígena”. via@casaninjamaazônia





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