Observatório Tucum

Foto de capa: Mulheres Kayapó, de Helena Cooper

Toda semana aqui no blog, nosso radar sobre o movimento indígena!


Economia da vida
“Bioeconomia é, literalmente, economia da vida. Trata-se de um valor ético-normativo que, longe de limitar-se às áreas florestais, tem que inspirar todas as iniciativas econômicas, privadas, governamentais e associativas.” Em nova coluna, o professor, pesquisador e autor Ricardo Abramovay escreve sobre sociobiodiversidade e a urgência de uma nova ética de desenvolvimento. Leia na íntegra aqui.


Em cartaz
A Mostra Artística do TePI – Plataforma Digital é composta por trabalhos independentes que trazem um olhar sobre a relação entre o homem e a natureza, questionando a violência das degradações ambientais e a hegemonia do antropoceno. Espetáculos, Performances e a Leitura Dramática que são organizados de forma complementar e não hierárquica dentro da Mostra, fazem uma valorização do lugar da mulher, dos artistas e da presença LGBTQIA+, mostrando que a ancestralidade indígena está onde esses corpos quiserem ocupar, também pela língua, na força de suas expressões e oralidades. Todas as apresentações interagem com o conhecimento e as práticas coletivas dos povos da floresta, sejam obras produzidas por artistas indígenas ou aliados não indígenas.

Programação em cartaz até 13/03


Tragédia anunciada
Uma gigantesca mina de ferro e duas barragens com 90 vezes o volume de rejeitos que soterrou parte de Brumadinho em 2019 devem se tornar parte da paisagem do Cerrado do norte de Minas Gerais. Trata-se do empreendimento bilionário de uma empresa chamada Sul Americana de Metais, ou SAM, controlada pela Honbridge Holdings, grupo sediado em Hong Kong, na China. Considerado ambientalmente inviável, o empreendimento estava parado há quase 10 anos no Ibama. Não está mais. Em julho de 2019, Eduardo Bim, presidente da autarquia, assinou um parecer que fez o projeto voltar a andar – apenas seis meses depois do desastre de Brumadinho. Fonte: The Intercept Brasil. via https://www.instagram.com/shirleykrenak/

Cerca de 1.650 famílias indígenas de Aracruz, ES, entre elas dos povos Tupiniquim e Guarani foram incluídas nas ações de reparação pelo crime ambiental cometido pela Samarco, empresa das mineradoras vale e BHP Biliton. O processo para atendimento de cerca de 1.290 famílias das terras indígenas Tupiniquim e Caieiras Velhas II também está em andamento. Indígenas Krenak de Minas Gerais e de outros povos ainda aguardam o devido ressarcimento pelo crime. Fonte: Correio de Minas via @casaninjaamazonia


Brasil indígena
“É quase surpreendente que esses povos cheguem em 2021 pluralizando o contemporâneo.” A frase da professora Ivânia Neves, que assina a direção e o roteiro do documentário contextualiza o argumento de Entre rios e palavras: as línguas indígenas no Pará em 2021. Lançado pelo Grupo de Estudo Mediações, Discursos e Sociedades Amazônicas (Gedai), do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (PPGL/UFPA), o filme faz parte do projeto Retratos do Contemporâneo: as línguas indígenas na Amazônia Paraense e está disponível online 🙂
via @coiabamazonia

Para conhecer os Potiguara

Formado por integrantes das aldeias Alto do Tambá e Forte com o objetivo de recuperar os rios da T.I. Potiguara na Paraíba, o coletivo Águas Potiguara acaba de lançar uma série ilustrativa para quem quiser saber mais sobre esta população que foi uma das primeiras sociedades a ter contato com os colonizadores. Versões em Tupi e Inglês também estão disponíveis. via@apiboficial

https://www.instagram.com/aguaspotiguara/