Observatório Tucum

Rio Tapajós em frente a Miritituba e Itaituba (PA), terra da soja e do garimpo. O pó de soja que voa dos carregamentos dos navios cai na água e faz com que as algas se multipliquem além do normal. Sem falar do mercúrio…[presente nas águas do Tapajós e seus afluentes]. Foto e legenda: Daniel Gutierrez Govino

Toda semana aqui no blog, nosso radar sobre o movimento indígena



Amazônia ilegal
Caetano Scannavino, coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria e membro da coordenação do Observatório do Clima escreve sobre a relação entre desmatamento e a ilegalidade nos processos de desenvolvimento social na Amazônia. “(…) não adianta falar de desenvolvimento sustentável sem antes resolver a cultura do ilegalismo que impera na região, onde legal é o ilegal, onde aqueles que grilam terras, derrubam árvores ou contaminam rios ditam regras como “cidadãos de bem” que movem as economias locais em nome do progresso. (…) Amazônia Legal, só nos mapas. Ela está mais para a Chicago gângster dos anos 1920. Mata-se e desmata-se, num conluio entre atores privados e públicos.” Fonte: Folha de SP

Desvendando AGROmentiras
A série especial do podcast Prato Cheio, produzido pelo pessoal do Joio e o Trigo reflete sobre o casamento entre o agronegócio e o mercado financeiro. Com falas contundentes de representantes do povo Boé-Bororo, o episódio revela os mecanismos utilizados na guerra cultural promovida pelo agronegócio, disseminada por correntes de desinformação. As informações sobre as pesquisas, fontes e referências do episódio, você encontra aqui: https://ojoioeotrigo.com.br/2022/01/a-guerra-cultural-do-agronegocio/

https://open.spotify.com/episode/2cYuIlPC6ZihsnKI2IBEUu?si=_DCxppAjQjmmgp_96hpUMw&nd=1


Fora, garimpo!
“Não existe garimpo artesanal, mas sim garimpo predatório, com uso descontrolado de mercúrio e grandes impactos ambientais e à saúde da população de toda a Amazônia. Nos preocupa a possibilidade de liberação de garimpagem no entorno de terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação, facilitando ainda mais a invasão destas áreas”, disse o Instituto Socioambiental (ISA), em nota enviada a ((o))eco. Fonte: O Eco.

Garimpeiros na escavação de terra em Mucajaí, território Yanomami (RR). Foto: ISA/HAY



O ATL 2022 vem aí!
O Acampamento Terra Livre (ATL) já tem data marcada para acontecer: entre os dias 4 e 8 de abril, o ATL finca suas bandeiras na capital federal para demarcar Brasília.O #AbrilIndígena é uma das principais referências de manifestação popular e a maior mobilização do movimento indígena. Nessa 18° edição do #AcampamentoTerraLivre, os povos seguem mobilizados com o compromisso de lutar pela vida e pelos territórios, ocupando Brasília para reivindicar seus direitos garantidos pela Constituição de 1988. As lideranças e organizações estão se mobilizando desde as aldeias e territórios, garantindo todos os cuidados sanitários e de segurança para mais uma ação histórica do movimento indígena brasileiro.



Saberes Kaingang
A animação conta histórias do povo Kaingang sobre a tradição da cerâmica, barro, território e ancestralidade. O filme foi produzido a partir do encontro de saberes de mulheres Kaingang na T.I Apucaraninha, norte do Paraná. O projeto é uma realização do COMIN, Tela Indígena, Coletivo Juventude Indígena Kaingang Nẽn Ga e do artista Vini Albernaz.


Comunicação como ferramenta de luta
Câmera, drone, celular e redes sociais são as “armas” usadas por Aldira Akai, de 30 anos, Beka Saw Munduruku, de 19, e Rilcelia Akai, de 23, para lidar com as crescentes ameaças que avançam sobre o território indígena Sawré Muybu, como as invasões de madeireiros e garimpeiros. As comunicadoras indígenas integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. Fonte: Repórter Brasil.

Coletivo Audiovisual Munduruku em ação: entrevista com cacique Juarez, liderança do povo Munduruku. Foto: Joana Moncau/Repórter Brasil



Para aprender brincando
MOVÍ: o jogo dos territórios indígenas é um jogo de tabuleiro que busca refletir sobre a presença indígena nos diferentes territórios, como a aldeia, a universidade e a política. Gratuito e colaborativo, o jogo está disponível na plataforma digital https://cominoficial.itch.io/movi

https://cominoficial.itch.io/movi