Observatório Tucum

Soninha Guajajara e Célia Xakriabá, na Marcha das Mulheres Indígenas, set/2021. Foto: Raíssa Azeredo | @raissaazeredo

Nosso radar semanal sobre o movimento indígena


Bancada indígena
As campanhas para aldear a política se solidificam cada vez mais! Candidaturas indígenas como as das guerreiras Chirley Pankará (deputada estadual/PSOL/SP), Soninha Guajajara (deputada federal/PSOL-SP), Kerexu (deputada federal PSOL/SC) e Célia Xakriabá (deputada federal / PSOL-MG), Val Eloy (deputada estadual/MS), Maria Leonice Tupari (PSOL- REDE/RR) e Tereza Arapium (deputada estadual / REDE-RJ) já estão devidamente oficializadas e até 15/8 mais nomes indígenas devem ser conformados para a disputa eleitoral deste ano. Vamos eleger uma bancada comprometida com os direitos dos povos originários!

Isolados avistados no Javari
Indígenas isolados foram avistados por membros do povo Marubo nos arredores da Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. A tentativa de contato mobiliza neste momento indigenistas, agentes de saúde e indígenas de povos contatados, como os Marubo e os Kanamary. “Se eles atravessarem do lado da comunidade, o caso é muito preocupante, é gravíssimo. Pode ocorrer conflito”, alertou a liderança Clóvis Marubo. Fonte: Amazônia Real.

Deixa o Xukuru governar

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) junto com a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), declaram apoio ao Cacique Marcos, do povo Xukurú do Ororubá, que foi impedido de tomar posse da Prefeitura de Pesqueira, no agreste de Pernambucano. Ele se tornou inelegível após uma decisão do TSE tomada no dia 1º de agosto de 2022. Cacique Marquinhos, como é conhecido, foi escolhido pelo povo nas Eleições de 2020 como primeiro indígena eleito em Pernambuco, estado que é dominado pelo agronegócio. Perseguido, teve sua candidatura indeferida. A carta da APIB na íntegra, aqui. Fonte: Mídia Índia.



Arte Yanomami no MASP
Mais de 90 obras do artista Joseca Yanomami vão ocupar os salões do MASP entre 29 de julho e 30 de outubro. Escultor, professor da comunidade Watorikɨ, no início dos anos 1990 e também o primeiro Yanomami a trabalhar na área de saúde, a exposição “Joseca Yanomami: nossa terra-floresta” expressa em suas obras de forma sensível os detalhes da cosmovisão yanomami, os seres visíveis e invisíveis com quem os indígenas dividem a floresta e a luta cotidiana desse povo para preservar sua identidade diante das ameaças do garimpo ilegal. Fonte: Instituto Socioambiental

Joseca Yanomami estreia exposição com mais de 90 desenhos no Masp, em São Paulo. Foto: Daniel Tancredi/Platô Filmes/ISA


Caravana das Originárias
A Caravana das originárias é uma frente de mobilização que vai percorrer todo o Brasil, com o objetivo de `promover ações de fortalecimento, protagonismo, acolhimento, reflexão da importância dos Biomas e territórios de todo o Brasil. Mudanças climáticas; Participação e representação das Mulheres Indígenas no espaços de poder; BioEconomia indígena; Violência baseada em gênero e violações de direitos contra as Mulheres Indígenas; Fortalecimento de coletivos/associação de jovens e mulheres indígenas são alguns eixos de mobilização promovida pela Jornada. Para doar para a Caravana, acesse: https://anmiga.org/caravana-das-originarias-2022/

II Marcha das Mulheres Indígenas/2021./ Foto: Leonardo Milano/Jornalistas Livres.


Guardiões Wai Wai
O povo Wai Wai vive na Terra Indígena Wai Wai e na Terra Indígena Trombetas Mapuera, localizadas no sul de Roraima, Amazonas, norte do Pará e no país fronteiriço, Guiana. Em RR, no período chuvoso, as famílias Wai Wai se reúnem e passam semanas na mata coletando castanha, que além de ser fonte de alimento, passou a ser a principal fonte de renda para este povo que é conhecido pelo manejo tradicional da castanha. Mas, ao contrário dos tempos antigos, hoje os Wai Wai passaram a desenvolver a coleta da castanha também para a comercialização, impulsionando a economia local e nacional. Fonte: Instituto Socioambiental.

Tradição da castanha segue viva entre os Wai Wai. Ao centro, Tarcizio Yakima Wai Wai, tuxaua (cacique) da comunidade Anauá, e sua família|Foto: Fernanda Ligabue/ISA


Artistas indígenas no Prêmio Pipa 2022Artista visual do povo Wapichana, Gustavo Caboco está concorrendo ao Prêmio Pipa 2022. Sua produção com desenho-documento, pintura, texto, bordado, animação e performance propõe maneiras de refletir sobre os deslocamentos dos corpos indígenas, as retomadas de memória e na pesquisa autônoma em acervos museológicos para contribuir na luta dos povos indígenas. Outros nomes como Salissa Rosa, Glicéria Tupinambá, Xadalu Tupã Jekupé e Tamikuã Txihi também estão indicados a esta edição do prêmio que já contemplou outros artistas veteranos como Jaider Esbell, Daiara Tukano e Denilson Baniwa em anos anteriores. Para votar, acesse: https://www.premiopipa.com/votar-no-pipa-online-2022/