Observatório Tucum

Aldeia Marakanã, Rio de Janeiro, RJ. Foto: George Magaraia

Nosso radar semanal do movimento indígena no Brasil


Bienal Indígena
Começa amanhã e vai até 20/08 a I Bienal de Arte Indígena do RJ. Com entrada gratuita, a mostra demarca um espaço importante para as artes indígenas, enquanto ferramenta de resistência e re-existência. Além das exposições de diversos artistas indígenas como Kandu Puri e Moara Tupinambá, a programação ainda conta com rodas de conversa, shows, oficinas de artesanato e diversas atividades culturais que vão tomar conta do Centro Cultural Municipal de Arte Hélio Oiticica.

Povos Xikrin e Xingu premiados na ONU

A Associação Bebô Xikrin do Bacajá e a Associação Rede de Sementes do Xingu são duas das dez organizações vencedoras do Prêmio Equatorial 2022. O prêmio é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que reconhece grupos indígenas em todo o mundo que estão desenvolvendo projetos sustentáveis e que ajudam a aumentar a resiliência de suas comunidades. Fonte: ONU Brasil/PNUD

Chuva de veneno
Um trator pulverizando veneno agrícola na aldeia Guarani Kaiowá, em Caarapó (MS), tem impedido as aulas da escola da comunidade da Terra Indígena Guyraroka. A área pulverizada fica perto da escola da aldeia. A ação, além de impedir o andamento normal das aulas, é capaz de adoecer a comunidade, contaminar o solo e matar animais. Fonte: Carta Capital

Entrevista: Davi Kopenawa
Há décadas, o xamã Yanomami Davi Kopenawa se mantém firme na luta pelos direitos indígenas e pela defesa da “Terra-Floresta”, que, para seu povo, não é apenas um território, mas uma entidade viva onde coexistem seres humanos e não-humanos, essencial para a manutenção da vida no planeta e para evitar a “queda do céu”, ou o fim do mundo. Em entrevista à Pública, o xamã fala, entre outros temas, sobre a ofensiva do garimpo ilegal na TI Yanomami, marcada por assassinatos, casos de abuso sexual, doenças, ameaças a indígenas isolados, aumento da desnutrição infantil e destruição ambiental. Fonte: A Pública

“Não tenho medo de falar com o homem branco, de discutir e explicar. Mas tenho medo de pistoleiros que podem nos perseguir e acabar com a liderança que está lutando. Porque, para eles, estamos atrapalhando seu trabalho”
Foto: André DIB.



Censo indígena
O IBGE começa a realizar nesta quarta-feira (10) as entrevistas do Censo Demográfico 2022 com a população das áreas indígenas espalhadas pelo país. 1.500 recenseadores devem trabalhar na coleta do Censo com os povos indígenas, com treinamento específico sobre os questionários e a abordagem aos entrevistados, visitando todas as aldeias e comunidades conhecidas do país. A edição mais recente do Censo, realizada em 2010, foi a primeira pesquisa que registrou a quantidade de povos e de línguas indígenas no país. À época, foram contados 896,9 mil indígenas, com 305 povos e 274 línguas. Via @trabalhoindigenista Fonte: Folha de SP



LAB audiovisual
O 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena apresenta o FeCCI Lab — um laboratório de finalização de filmes que proporciona a realizadores de origem indígena a oportunidade de aprimorar seus projetos com o apoio de profissionais. Realizadores indígenas residentes de todo o território nacional poderão se inscrever gratuitamente. Serão selecionados três projetos de curta-metragem (ficção ou documental) de no máximo 15 min que estejam na etapa de finalização. Além da mentoria individual, cada projeto receberá uma premiação no valor de R$3 mil como incentivo financeiro para os custos de sua finalização. Via https://www.instagram.com/takuma_kuikuro/