Toda semana aqui no blog, o que você precisa saber sobre o movimento indígena!
Yanomamis sob ataque
O Povo Yanomami vive, há décadas, sob intensos conflitos com garimpeiros. Nesta semana a situação se agravou como nunca. Mais de 20 garimpeiros armados com fuzis e metralhadora invadiram o Território Yanomami, em Roraima. As lideranças Yanomami temem outro ataque a qualquer momento, pois as embarcações dos garimpeiros saíram para a proximidade e ameaçaram voltar para vingança. Em ofício enviado ao Exército, à Polícia Federal, à Funai e ao Ministério Público de Federal, a entidade pede aos órgãos que atuem “com urgência para impedir a continuidade da espiral de violência local e garantir a segurança para a comunidade Yanomami de Palimiu”. Fonte: APIB
Leia mais:
https://amazoniareal.com.br/garimpeiros-ligados-ao-pcc-atacam-aldeia-yanomami/
https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2021/05/13/exercito-deixa-regiao-de-conflito-e-garimpeiros-atiram-mais-uma-vez-contra-comunidade-na-terra-yanomami.ghtml?fbclid=IwAR2FZYf2JNIA7zbq-ED4Y9A5UEx7Yy-Py7ugjQ-xtInjAyTiD-oyvd_v9f0
PL da destruição
O parecer aprovado no plenário da Câmara, entre ontem e hoje (13), sobre o Projeto de Lei (PL) nº 3.729/2004 (Lei Geral do Licenciamento), abre brecha para que ocorram novos crimes ambientais de grandes dimensões, como o de Brumadinho (MG), na avaliação de parlamentares ambientalistas e organizações da sociedade civil. Trata-se da pior e mais radical proposta já elaborada no Congresso sobre o assunto e que, na prática, torna o licenciamento convencional uma exceção, na avaliação da Frente Parlamentar Ambientalista, de pesquisadores e organizações da sociedade civil. O relatório do deputado Neri Geller (PP-MT) permite que atividades e obras de baixo e médio risco ambiental, inclusive mineração, possam ser alvo de Licença por Adesão e Compromisso (LAC), uma espécie de licença autodeclaratória automática, concedida via internet, sem análise prévia de órgãos ambientais. Fonte: ISA.
Povos isolados em risco
As Terras Indígenas (TIs) com povos isolados do Boletim Sirad Isolados tiveram em março o mês com maior desmatamento desde o início do monitoramento. O boletim encontrou 561 hectares de floresta derrubados, um aumento de 776% em relação ao mês de fevereiro. As Terras Indígenas Piripkura, Araribóia e Uru-Eu-Wau-Wau foram as mais afetadas pela explosão das invasões. Fonte: ISA
Flecha Selvagem 🏹✨
A serpente e a canoa é a primeira flecha lançada pelo ciclo de conversas selvagens, um diálogo entre Aílton Krenak e Anna Dantes. Ao longo das próximas semanas, outras flechas serão lançadas como parte de uma experiência cognitiva para a escuta das narrativas pluriversais de diversas tradições. O vídeo da primeira flecha está disponível e agora também o roteiro completo que apresenta o processo criativo da Flecha, dos livros, dos artistas envolvidos. Lindo de viver! Baixe aqui.
Audiolivro Tuxá
“Tuxá Kiniopará: um presente do passado para o futuro” surge com o objetivo de reunir narrativas Tuxá Kiniopará apresentando a história, relatos e a memória desse povo. Com autoria de Vitor Tuxá e co-autoria de Beatriz Ruxá, o audiolivro é acessível a todes podendo ser acessado nas plataformas digitais, como forma de re-conexão dos jovens às suas heranças ancestrais. O povo Tuxá vive atualmente nos limites dos municípios de Rodelas e Ibotirama (BA), mas originalmente habitavam um complexo de ilhas no baixo médio do São Francisco, em especial a Ilha da Viúva. Seu território sagrado, no entanto, foi submerso pela construção da hidrelétrica de Itaparica na década de 80. Clique aqui para ouvir.
“Ñañike é um ideal de vida enxertando memória ancestral no futuro. Ñañike é o anseio do presente emergindo esperanças anciãs que outrora foram inundadas. Ñañike é o que foi contado, o que foi herdado. Ñañike é morte e vida. Pode ser matada, pode ser inexpugnável encantaria. Na língua Dzubukuá, do Povo Tuxá, Ñañike significa saudade…” (TUXÁ, Ezequiel Vitor)