Observatório Tucum

Marcha no dia 30 de maio de 2023 contra o PL 490 (Maiara Dourado/Cimi)

Indígena venezuelano assassinado em Roraima

Indígenas – Marco Temporal (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Yerffersson de Jesus Montilla Matos, um indígena venezuelano, da etnia warao, foi assassinado a tiros ao lado da esposa, Myiela Perez Cardona, em 8 de janeiro, no abrigo desativado da Operação Acolhida chamado de Pintolândia, em Boa Vista (RR). Cardona também foi atingida e faleceu no hospital.⁠

As famílias se preparavam para dormir, quando um homem armado entrou no abrigo e foi até o barraco de lona, onde vivia o casal e seus sete filhos, e disparou contra Matos e Cardona.⁠

Segundo a Agência Pública apurou, sete dias após o assassinato, o boletim de ocorrência do caso ainda não foi despachado para nenhuma das equipes de investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Roraima. O despacho é um ato importante para direcionar a condução da apuração do caso. Questionada, a diretora do da repartição, delegada Miriam Di Manso, disse à Pública que diligências estão em curso e o “despacho é mera formalidade”. ⁠ Fonte: @agenciapublica

Resistência Guarani Kaiowá

Marcha de Mulheres Indígenas em 2019 (Crédito: Katie Mahler / Apib)

Em 2 de janeiro de 2020, o território indígena Guarani Kaiowá em Laranjeira Nhanderu, Mato Grosso do Sul, foi alvo de um ataque incendiário à sua casa de reza, desencadeando uma crise humanitária. Apesar da reestruturação do local, a segurança dos indígenas permanece em risco, mesmo com a presença da Força Nacional, devido a contínuos conflitos na região.

Recentemente, a Agência Pública relatou a situação crítica no Cone Sul de Mato Grosso do Sul, onde ataques de pistoleiros e fazendeiros têm ameaçado jovens indígenas. Uma vítima ainda carrega uma bala na cabeça após um dos incidentes. A presença da Força Nacional, iniciada há cinco meses, não conseguiu amenizar a tensão, agravada por denúncias de violência policial contra os indígenas da Reserva de Dourados durante protestos por acesso à água. ⁠ Fonte: @agenciapublica

Baixa vitalidade das línguas Indígenas

Foto: Jacquelyn Martin

O III Seminário Internacional Viva Língua Viva, realizado de 26 a 29 de novembro na Universidade Estadual de Roraima, em Boa Vista, teve como foco lançar um alerta sobre a baixa vitalidade de muitas línguas indígenas no Brasil e no mundo, além de discutir alternativas para reverter esse cenário. O evento reuniu pesquisadores, representantes de comunidades indígenas e instituições acadêmicas para troca de conhecimento e desenvolvimento de estratégias de preservação linguística.

O evento contou com a participação ativa de pesquisadores do Programa de Documentação de Línguas (ProDoclin), uma parceria entre o Museu/Funai e a Unesco. Entre os participantes estavam Isabella Coutinho, coordenadora do subprojeto Dicionário Multimídia da Língua Ye’kwana, Chang Whan, gestora científica do ProDoclin, e Helder Perri Ferreira, desenvolvedor da Plataforma Japiim do Museu. Eles participaram de mesas redondas, rodas de conversa e apresentações sobre suas iniciativas de documentação e revitalização de línguas.

Enfatizando o tema “Línguas vivas: materiais, materialidades e (materializ)ações”, o seminário discutiu ações concretas para o ensino e revitalização de línguas indígenas, como a criação de materiais didáticos adequados. O foco foi em comunidades onde o uso da língua está restrito a falantes mais velhos ou em locais onde há esforços para a revitalização linguística, buscando assegurar a continuidade e o florescimento dessas línguas. Fonte: @museudoindiorj

Estudante indígena tira 920 pontos na redação do Enem

A estudante Tayla Paulino Sales Kaxinawá, da Escola Estadual Jairo de Figueiredo Melo, localizada no município de Jordão, no interior do Acre, alcançou a marca de 920 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. O resultado posiciona Tayla, de 18 anos e pertencente à etnia Kaxinawá, como uma das melhores colocadas no estado na edição deste ano. 

O Enem 2024, considerado a principal porta de entrada para o ensino superior público no Brasil, desafiou os participantes com 180 questões e uma redação sobre o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Tayla superou a média nacional de redação, que foi de 660 pontos, com um desempenho que reflete sua dedicação aos estudos e sua superação diante de adversidades. Fonte: SEE

Justiça determina o aumento do efetivo de policiais em terra indígena no Paraná

Protesto feito na Marcha das Mulheres Indígenas, ocorrida em setembro de 2021 em Brasília (DF). Foto: Hellen Loures/CIMI

A Justiça Federal do Paraná ordenou o aumento do efetivo da Polícia Federal e da Força Nacional no oeste do estado, após uma série de ataques violentos contra a comunidade indígena Avá-Guarani relacionados a disputas de terra. Na mais recente ocorrência, cinco pessoas, incluindo duas crianças, foram baleadas, evidenciando a crescente tensão na região, que já vivenciou quatro ataques em sete dias.

A decisão foi proferida pelo juiz Pedro Pimenta Bossi, da 3ª Vara Federal de Umuarama, em resposta a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU). Além disso, foi determinado que o governo do Paraná intensifique o número de policiais militares para auxiliar na proteção da comunidade. O juiz destacou a necessidade de ação decisiva para enfrentar a violência e proteger as populações indígenas envolvidas.

O magistrado ressaltou que as áreas em questão enfrentam uma escalada de violência notória e condenável, que foi relatada ao Executivo em níveis federal e estadual, sem uma resposta adequada em termos de segurança. Ele enfatizou que os conflitos devem ser controlados por medidas efetivas de vigilância policial para garantir a segurança dos cidadãos afetados por essas agressões ilícitas. Fonte: CNN

Azira’i, premiado espetáculo com Zahy Tentehar, retorna ao Teatro Firjan SESI Centro

Foto: Daniel Barboza

Após temporada de sucesso, “Azira’i”, o espetáculo aclamado pela crítica e vencedor do Prêmio Shell de Melhor Atriz para Zahy Tentehar, está de volta ao Teatro Firjan SESI Centro. A peça, um solo autobiográfico, narra a comovente história da relação entre Zahy e sua mãe, Azira’i Tentehar, a primeira mulher pajé da reserva indígena de Cana Brava, no Maranhão.

Em cena, Zahy alterna diálogos em português e em Ze’eng eté, língua indígena do povo Guajajara, trazendo à tona o debate sobre os desafios da preservação da cultura indígena diante dos processos de aculturamento. Indicado aos prêmios APTR e Prêmio Shell 2023 em quatro categorias, “Azira’i” conquistou o Prêmio Shell de Melhor Atriz e Melhor Iluminação.

Reconciliação e Cura:

A trama explora a profunda conexão de Zahy com Ywyyzar, a Mãe Terra, e a complexa relação com sua mãe, Alzira Guajajara, uma das pioneiras entre as mulheres pajés da reserva. Através de um depoimento-performance, a atriz compartilha suas experiências na aldeia, os conflitos com a mãe e a busca por reconciliação e cura.

“Azira’i” propõe uma reflexão sobre a relação entre o ser humano e a natureza, utilizando recursos tecnológicos de forma inovadora para desmistificar a ideia de que a tecnologia afasta o indígena de suas raízes. Fonte: Diariodorio

Serviço:

  • Teatro Firjan SESI Centro (Av. Graça Aranha, 01, Centro)
  • De 09/01 a 09/02
  • Quintas e sextas, às 19h; sábados e domingos, às 18h
  • Sessões extras: dias 01 e 08/02 – sábados
  • Não haverá apresentações nos dias 26 e 30/01
  • Ingressos à venda na bilheteria do Teatro e no site da Sympla | R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia)
  • Duração: 90 min
  • Classificação: 16 anos

Francy Baniwa faz história

Francy Baniwa é referência feminina não só para sua comunidade, como para todo o Brasil — Foto: Juliana Chalita

No dia 14/01, Francys se tornou a primeira mulher do povo Baniwa a concluir um doutorado, apresentando sua tese pelo Museu Nacional/UFRJ: “Donas da Roça: uma etnografia em casa sobre saberes, plantas e mulheres Baniwa”.

Liderança indígena, pesquisadora e fotógrafa, Francy celebra e fortalece as vozes das mulheres indígenas na Academia. Sua conquista é um marco para o povo Baniwa e inspira mulheres Baniwa e de outros povos rionegrinos.

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