Observatório Tucum

Foto: Costa Rabelo

Brasil ocupa 2ª posição entre os países que mais matam ambientalistas e indígenas

Cacique Merong. Foto: Maxwell Vilela JAV/MG

Em 2023, a violência contra ativistas ambientais continuou alarmante, com uma morte registrada a cada dois dias. Brasil e Colômbia lideraram o número de assassinatos de defensores ambientais, conforme relatório da ONG Global Witness. A América Latina foi a região com mais vítimas, concentrando 85% dos homicídios, especialmente entre povos indígenas e afrodescendentes, que frequentemente enfrentam perseguição e violência ao defender suas terras e direitos.

O Brasil teve destaque nos casos, com assassinatos notórios como o de Nega Pataxó, no sul da Bahia, e Merong Kamakã, em Minas Gerais, ambos líderes indígenas em lutas territoriais. O país registrou 2.203 conflitos agrários em 2023, impulsionados por invasões, despejos e ameaças, afetando diretamente pequenos agricultores e comunidades tradicionais. A legislação do marco temporal e a organização de ruralistas intensificam os conflitos, que persistem mesmo após a troca de governo.

Apesar da queda de 26% nos assassinatos em relação a 2022, o Brasil continua sendo um dos países mais perigosos para defensores ambientais. A expectativa de mudanças com o novo governo foi frustrada pela resistência de um Congresso dominado por ruralistas. A urgência de novas políticas públicas se intensifica com a aproximação da COP-30 em 2025, quando será discutida a questão indígena e a proteção das comunidades tradicionais e do meio ambiente. Fonte: Jornal a verdade

Quase metade dos indígenas brasileiros não têm acesso à água potável, segundo IBGE

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em entrevista ao programa Tarde Nacional – Amazônia, Luana Pretto, presidente executiva do Trata Brasil, destacou a importância do acesso à água potável e como a falta desse recurso impacta a vida de milhões de brasileiros, especialmente a população indígena. Segundo dados do IBGE, quase metade dos indígenas no Brasil não tem abastecimento regular de água, o que gera uma situação de grande vulnerabilidade, mesmo estando cercados por rios que muitas vezes têm água imprópria para consumo.

Pretto ressaltou a urgência de implementar sistemas alternativos, como reservatórios de cloração, para melhorar a qualidade da água nas comunidades. Ela também mencionou os efeitos negativos dessa situação na saúde e na educação das crianças e alertou a população para avaliar as propostas dos futuros prefeitos com relação ao saneamento básico, especialmente antes das eleições no próximo domingo (6). Fonte: EBC radios

Brasil em chamas: Terras Indígenas e grandes fazendas concentram mais da metade da área queimada em 2024

Takumã Kuikuro via congressoemfoco

De janeiro a agosto de 2023, o Brasil sofreu queimadas que devastaram 11,3 milhões de hectares, o dobro da área registrada no mesmo período de 2022. Terras Indígenas e grandes fazendas concentraram mais da metade dessa destruição, sendo que 3,08 milhões de hectares queimados estavam em Terras Indígenas. O aumento das queimadas em TIs foi de 76%, afetando diretamente a saúde e segurança alimentar das comunidades.

Os incêndios causam diversos impactos, desde dificuldades respiratórias até a destruição de casas e roças, dificultando o acesso a territórios e ameaçando a sobrevivência de povos indígenas. Especialistas apontam as mudanças climáticas e o avanço do agronegócio como principais causas do aumento do fogo em Terras Indígenas, com grande parte do incêndio vindo de regiões agropecuárias vizinhas.

Além das TIs, grandes fazendas também tiveram um aumento expressivo nas áreas queimadas, com 163% de crescimento em relação ao ano anterior. A queima em áreas de conservação e florestas públicas também disparou, mostrando o avanço do fogo e a grilagem como ameaças contínuas ao meio ambiente. Fonte: ClimaInfo

Livros ‘Diários Yanomami’ e ‘Puu naki thëã oni’ são selecionados para a 14ª Bienal Brasileira de Design

‘Puu naki thëã oni: o conhecimento yanomani sobre abelhas’ 📷 Claudio Tavares/ISA

Associação Yanomami em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), foi destaque na 14ª Bienal Brasileira de Design. Ela traz dois livros: “Puu naki thëã oni: o conhecimento Yanomami sobre abelhas” e “Diários Yanomami: testemunhos da devastação da floresta”, que refletem o saber tradicional e o impacto das mudanças no território Yanomami.

“Puu naki thëã oni” explora o conhecimento indígena sobre abelhas sociais, destacando a importância desses insetos na biodiversidade e na cultura Yanomami. O livro combina saberes ancestrais com conhecimento técnico-científico, sendo fundamental para a conservação da floresta e das abelhas nativas.

Ilustrações na parte interna de ‘Puu naki thëã oni: o conhecimento yanomani sobre abelhas’ 📷 Gabriel Menezes

Por outro lado, “Diários Yanomami” reúne relatos e diários sobre os impactos do garimpo ilegal nas Terras Yanomami, expondo a devastação ambiental e social. A obra faz um apelo à ação, alertando para a necessidade de proteger os territórios indígenas contra as ameaças crescentes.

Essas obras são bilíngues, com textos em Yanomami e português, e destacam a importância da preservação linguística e cultural. A coleção foi selecionada como um projeto gráfico notável, com apoio de diversas organizações internacionais, reforçando a luta pela proteção da Amazônia e da Terra Indígena Yanomami.

O livro foi produzido pela Hutukara Associação Yanomami e o ISA. “Puu naki thëã oni” está disponível para download gratuito no acervo do ISA
Fonte: ISA

Vitória para o povo Guarani Kaiowa

Foto: Mídia Ninja

Uma decisão crucial após audiência no STF marca uma vitória histórica para o povo Guarani Kaiowá de Mato Grosso do Sul! Após anos de resistência, o STF homologou o acordo que assegura a retomada da Terra Indígena Ñande Ru Marangatu.

Essa conquista representa um passo importante na demarcação e proteção dos territórios tradicionais. No entanto, a luta não termina aqui – continuamos firmes na defesa dos direitos indígenas e na preservação de nossas culturas. Este resultado fortalece nossa união e demonstra que a justiça é possível quando permanecemos mobilizados.

A batalha pela recuperação de cada pedaço de terra que nos foi tomado continua!
Fonte: povos.tradicionais

Agenda de vivências na Casa Tucum

A Tucum dedicará todo o mês de outubro às crianças, que são o nosso futuro presente! e durante esse mês teremos várias vivências na Casa Tucum para as crianças!

Vem conferir!

Dia 05/10, sábado, a Casa Tucum recebe @jaquaticapintora trazendo uma conversa super descontraída onde as crianças vão descobrir o que a arte representa para os povos indígenas, através de histórias, trocas e muita inspiração. Além de ensinamentos sobre os grafismos indígenas e muitos desenhos!

No dia 12/10, sábado, receberemos o Pacary Pataxó e sua oficina de brincadeiras com Arco e flecha e zarabatana, terá roda de cantoria, experimentos com genipapo, urucum e pintura corporal.

Dia 13/10, domingo, Teremos aqui na Casa a Julia xavante com uma vivência de grafismos indígenas em defesa dos mares, as crianças utilizarão grafismos indígenas para desenhar e colorir peixes.

Quer participar? Clique Aqui e preencha o formulário.