Observatório Tucum

Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

Indígenas de RO denunciam ataque de pistoleiros em aldeia

Indígenas da etnia Oro Nao’ denunciaram um ataque violento dentro da Terra Indígena (TI) Igarapé Lage praticado por pistoleiros na noite do domingo (11). Residências e veículos foram incendiados por sete invasores encapuzados que exigiam a saída dos indígenas do local. Ninguém ficou ferido.

Foto: Arquivo Pessoal

Sete indivíduos encapuzados invadiram a aldeia, ameaçando as famílias, incluindo crianças. De acordo com os indígenas, os invasores exigiram que os moradores abandonassem a área demarcada, ameaçando-os de morte caso insistissem em permanecer no local.

Após as ameaças, os criminosos atearam fogo em uma casa e em uma motocicleta, destruindo todos os pertences que estavam dentro. Amedrontados, cerca de 15 indígenas que estavam na aldeia tiveram que fugir às pressas, caminhando por aproximadamente 4 km até uma aldeia vizinha para buscar refúgio e relatar o ocorrido.

Três dos sete agressores foram reconhecidos pelas vítimas que informaram à Polícia Federal sobre o ataque. A Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar (PM) estiveram no local, mas ninguém foi preso.

“Não podemos mais pescar, caçar ou sequer andar livremente em nossa própria terra. As ameaças são constantes”, relatou um dos indígenas.

A Terra Indígena Igarapé Lage é uma área demarcada e protegida por lei, mas os conflitos pela terra e recursos naturais têm se intensificado, levando a episódios de violência como o ocorrido neste domingo.

A Rede Amazônica procurou, PF e Funai, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. O MPF informou que não recebeu registro do ataque.

Fonte: G1

Aldeia indígena em Maricá é alvo de incêndio

A sede do Instituto Nhadareko, localizada na aldeia indígena Mata Verde Bonita, em Maricá, foi alvo de um incêndio na última sexta-feira (09), data em que é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A causa das chamas está sendo investigado; lideranças da comunidade indígena acreditam se tratar de um incêndio criminoso.

– Foto: Reprodução/Redes Sociais

A aldeia fica na Restinga de Maricá. De acordo com o portal “g1”, os indígenas da comunidade participavam de um ritual quando o incêndio começou. Alguns integrantes da comunidade que estavam como guardas na aldeia disseram ter visto suspeitos se aproximando de moto na região.

Comandada pelo cacique Tupã Nunes, a comunidade perdeu bens e utensílios, como fogão e sofás. Eles também estão sem acesso à internet por conta do episódio. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi acionada e enviará uma equipe ao local nesta segunda (12). A Polícia Federal assumiu o caso e está investigando o incêndio.

Fonte: ANAI

Governo Federal lança curso preparatório para formação de lideres indígenas

O governo federal lançou nesta sexta-feira (9/8) o programa Kuntari Sa: Líderes Indígenas na Política Global durante a segunda reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF). A iniciativa tem objetivo de preparar lideranças indígenas para negociações internacionais relacionadas a temas como meio ambiente, mudança do clima e direitos humanos.

Foto: Diogo Zacarias/MPI

As ministras Marina Silva e Sonia Guajarara (MPI), o ministro Mauro Vieira (MRE) e a presidente da Funai, Joenia Wapichana, participaram do ato. O curso terá 30 vagas para capacitação de indígenas representantes de todos os biomas do país.

“Essa inciativa traz toda a experiência de negociação dos povos indígenas para o terreno de negociação dos não indígenas. Em troca, temos a experiência do mundo dos brancos para servir de ferramenta para os povos indígenas”, disse Marina.

Edital para 30 vagas será aberto na segunda-feira (12/8), com início imediato das inscrições. A previsão é que o primeiro módulo do curso comece em setembro.

O objetivo é que os alunos defendam os interesses de povos indígenas e comunidades tradicionais em conferências como a COP30, que será realizada em 2025 na cidade de Belém (PA). A conferência do clima marcará 10 anos do Acordo de Paris, e os países-membros precisarão apresentar metas climáticas mais eficientes para limitar o aquecimento da temperatura média do planeta a 1,5ºC.

Fonte: ECOMAZONIA

Por falta de transporte escolar, alunos que moram em comunidade indígena estão há um mês sem ir às aulas no Cantá

Foto: Christiano Antonucci/Secom MT

Pais de alunos que estudam na Escola Estadual Sisnando Diniz localizada na Comunidade Indígena Malacacheta, no Cantá, região Norte de Roraima, denunciaram à reportagem da 93 FM, a falta de transporte escolar para atender as vicinais próximas da região. Por conta disso, estudantes estão há um mês sem ir às aulas.

Foto: Gabriel Cavalcante/Roraima em Tempo

De acordo com a mãe de três alunos, o ônibus deveria cumprir a rota da Comunidade Jacaminzinho. Acontece que o veículo não vai até a região.

“Não está passando o transporte no Jacaminzinho. As aulas retornaram no dia 14 de julho e os meus filhos não foram nenhuma vez. Vou no grupo da escola, pergunto o que aconteceu, no entanto, nem o gestor nem o secretário e nem a vice-diretora respondeu. Com isso, quem perde são as crianças, pois ele vão chegar lá, para fazer as atividades e não saberão”, explicou.

A reportagem entrou em contato com o Governo de Roraima para posicionamento sobre o assunto. Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Desporto (SEED) negou a denúncia, contudo, disse que na semana passada, o micro-ônibus apresentou problema mecânico.

Por fim, explicou que notificou a empresa e que na quarta-feira (14) vai encaminhar um veículo substituto para atender os estudantes e até o final desta semana, o micro-ônibus retornará para a rota.

Fonte: Roraima em Tempo

Etnia Fulkaxó celebra criação da primeira reserva indígena de Sergipe

Foto: Jeová Luiz/TV Sergipe

Após anos de busca por reconhecimento da Funai (Fundação Nacional do índio), os indígenas da etnia Fulkaxó celebram a criação da primeira reserva indígena de Sergipe, que fica entre os municípios de Neópolis e Pacatuba. As famílias chegaram ao local, há cerca de nove anos, onde ergueram as ocas e se estabeleceram. O espaço possui 45 hectares de terra, onde já moram 20 famílias, mas deve ser ampliado para mais de 760 hectares na mesma área, onde mais 100 famílias devem se mudar e poderão viver da agricultura.

Aldeia Fulkaxó/Reprodução/Instagram

Atualmente, o sustento dos moradores vem do artesanato, que fazem e vendem na própria aldeia e em outras cidades. O turismo comunitário tem sido outra fonte de renda. Os Fulkaxó também recebem benefício assistencial do governo federal, mas ainda esperam por melhorias na assistência de políticas públicas.

Fonte: G1

Workshop Internacional: Amazônia, ciência e vozes locais na cobertura jornalística climática 

 @amazoniavox vai promover o workshop internacional “Amazônia, ciência e vozes locais na cobertura jornalística climática”, no dia 27 de agosto, às 8h30, em Belém (PA). Realizado em parceria com o Instituto Bem da Amazônia e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o evento é gratuito e voltado para comunicadores, jornalistas, estudantes e interessados no tema da cobertura climática.

Para participar, é necessário fazer a inscrição – tanto para a modalidade presencial em Belém (com vagas limitadas), quanto para a participação online – até o dia 23 de agosto.

O workshop tem o apoio institucional da Ajor, além de organizações como International Center for Journalists, Fundação Lemann, Faculdade Estácio, Rede Amazônidas pelo Clima (RAC) e Produtora REC.

Confira em ajor.org.br ou no link dos stories!

Quem era Tuíre Kayapó, ativista indígena que morreu aos 54 anos

Precursora na luta das mulheres indígenas por direitos e símbolo de resistência e luta por justiça dos povos originários, a ativista Tuíre Kayapó morreu, nesse sábado (10/8), aos 54 anos. Ela lutava contra um câncer no colo do útero.

A ativista será sepultada neste domingo (11/8) na aldeia Gorotiré, em Cumaru do Norte, no sul do Pará. Ela será enterrada ao lado da única filha biológica.

A ativista dedicou a vida para defender os direitos dos povos indígenas e garantir a proteção das florestas. Mesmo passando pelo tratamento de câncer, Tuíre coordenava um projeto para ensinar mulheres da aldeia a costurar.

Tuíre foi reconhecida como uma liderança dos povos originários do Brasil, mesmo sem receber o título de cacique. Entre as pautas defendidas por ela, estavam o combate do garimpo em terras indígenas e o posicionamento contrário ao marco temporal.

Em 1989, a imagem de Tuíre colocando um facão no rosto do então presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, chegou a repercutir mundialmente. O episódio ocorreu durante o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira, Pará, em 1989.

À época, a ativista ficou conhecida pela resistência à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Além disso, ela foi intitulada como a menina de 19 anos que desafiou o “homem branco”.

“Durante toda a sua vida, Tuíre dedicou-se com coragem e determinação à proteção das terras indígenas, à defesa da cultura de seu povo e à garantia de direitos que asseguram a continuidade de uma antiga herança ancestral. Sua figura se tornou um ícone global, reverenciada por sua firmeza em momentos críticos e por sua habilidade em articular as demandas de seu povo com os desafios contemporâneos”, escreveu a Associação Floresta Protegida em comunicado publicado no Instagram.

Fonte: Metrópoles

Campanha para Tuíre

Em abril a Tucum lançou uma edição especial do PIOK, o impresso da Tucum, em homenagem a Tuíre Kayapó, a guerreira do gesto facão, como parte de uma campanha nacional de arrecadação movida pela vida de Tuíre Kayapó.

Infelizmente, Tuíre Kayapó nos deixou recentemente após uma batalha contra o câncer. Como forma de ajudar sua família a lidar com os custos da despedida, esta edição especial do PIOK se tornará uma campanha voltada para a família de Tuíre Kayapó.

O PIOK está disponível na @casatucum e em www.tucumbrasil.com

Este PIOK só foi possível pela sensibilidade de @julia_sa_earp , pela rapidez de criação do @estudio_afluente , pela generosidade de @moaratupinamba , autora da arte digital que ilustra o pôster da edição.