Observatório Tucum

Um radar semanal do que você precisa saber sobre o universo indígena!

Direitos indígenas: o que está em jogo nos processos em pauta no STF?

Depois de semanas de intensas mobilizações e debates sobre as pautas indígenas, o Instituto Socioambiental (ISA) preparou um resumo das principais lutas em curso no STF que mostra de forma bem didática o que está em jogo em relação aos direitos dos povos originários do Brasil. Leia e entenda os principais desafios dos processos em curso aqui.

Um pé na aldeia e outro no mundo

Mulheres indígenas constroem resistência ocupando os espaços na Universidade e invertendo a lógica da produção de saber, trazendo seus conhecimentos como protagonistas da produção intelectual. Fonte: Diário do Nordeste / via Anaí

“Esse ingresso é importante para descolonizar esse saber repassado nas universidades. Quando entramos, podemos colocar especificidades que pessoas não-indígenas não possuem. O ingresso na universidade é uma ferramenta de luta, é um meio, mas não é um fim. Eu concluí o curso, mas estou na aldeia. Quero agregar à comunidade.” Raquel da Silva, do povo Jenipapo-Kanindé, formada pela UFRB em Serviço Social. Foto: Iuri Alves Gomes.

Grupo criado pela Funai para demarcação de terra indígena é ligado a ruralistas

O MPF pediu à Justiça Federal que determine para a Funai a alteração da Portaria nº 345/2021, a fim de substituir os servidores indicados para compor o grupo técnico que irá realizar a identificação da Terra Indígena Piripkura (MT). “Os currículos dos três servidores nomeados os qualificam para a defesa dos interesses de fazendeiros, não de indígenas, muito menos de indígenas em isolamento voluntário”, afirma o procurador Ricardo Pael Ardenghi no documento. Via https://www.instagram.com/opi.isolados/ Fonte: O Globo.

#ElasQueLutam: Joênia Wapichana

Dando continuidade à série que apresenta a luta de mulheres indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, o ISA traz o perfil da advogada e primeira deputada federal eleita no Brasil, Joenia Wapichana. Em um cenário de retrocessos, quem dá voz e corpo às lutas do movimento indígena na Câmara dos Deputados é Joenia, na luta para garantir não somente os direitos indígenas e a gestão sustentável dos seus territórios, mas também a integridade ambiental, o empoderamento feminino e o acesso à educação, saúde e energia limpa para todos. Fonte: ISA

“Eu posso muito bem ter o conhecimento que o branco tem dentro da universidade, eu posso morar três anos nos Estados Unidos, eu posso ter um laptop, aprender a dirigir… Eu nasci indígena e vou morrer indígena”. Foto: ONU

Basta de violência contra os povos indígenas!

Não é de hoje que os Munduruku lutam pelos rios, considerados sagrados e fonte de vida para o povo, pela floresta, pela defesa de seu território e pelo direito de viverem de acordo com seu modo de vida tradicional. O que, aliás, é garantido pela Constituição Federal. Em maio, lideranças do povo Munduruku tiveram suas casas queimadas por garimpeiros na aldeia Fazenda Tapajós, como retaliação a uma operação da Polícia Federal que combatia o garimpo ilegal dentro de terras indígenas. O momento agora é de alerta, pois outras lideranças Munduruku seguem ameaçadas por garimpeiros que ameaçam invadir suas aldeias. Uma lista de alvos com nomes das lideranças foi divulgada pelos criminosos e novas ações violentas podem acontecer. Assine o abaixo-assinado cobrando ações efetivas do poder público na proteção dos povos indígenas e seus territórios contra invasores. Fonte: Greenpeace Brasil.

Fortalecimento da cultura dos povos Tukano e Desano

A Comunidade Balaio, na Terra Indígena Balaio (AM) tem agora uma maloca ou Casa do Saber. A inauguração da estrutura, que fortalece a cultura dos povos Tukano e Desano foi celebrada com a tradicional cerimônia do Dabucuri. “A Casa do Saber vai ajudar no resgate, manutenção e transmissão dos saberes e conhecimentos dos povos que vivem ali para as novas gerações. Sempre bom lembrar que a comunidade Balaio foi também atingida pela pandemia, mas se tornou referência no uso da medicina tradicional para enfrentar essa doença”, afirmou Adão Francisco, diretor da FOIRN de referência da Coordenadoria das Associações Indígenas do Alto Rio Negro, Xié e Terra Indígena Balaio. Fonte: FOIRN.