Observatório Tucum

Observatório Tucum. Ano II, edição 2.

Capa: ilustração reproduzida da cartilha “Pelo Direito de Existir”, por Tais Koshino, como parte do Movements and moments – Feminist Generations,do Goethe Institute.

Toda semana aqui no blog, nosso radar do movimento indígena



Caribe amazônico ameaçado pelo garimpo
É provável que as águas transparentes de Alter do Chão sejam o novo alvo do garimpo ilegal que não dá trégua na região amazônica. A coloração barrenta observada em alguns trechos do rio Tapajós desde dezembro chama atenção e provoca preocupação entre pesquisadores, moradores e visitantes. Fonte: BBC

Fotografia aérea feita em janeiro mostra águas barrentas do Tapajós em contato com o Lago Verde, em Alter do Chão, PA. Foto: Erik Jennings Simões.



Etnocídio em curso
Um Ofício emitido no apagar das luzes de 2021 pela FUNAI suspende a proteção a terras indígenas em processo de demarcação. O entendimento jurídico do Ofício estabelece que a execução de atividades de proteção territorial deve ocorrer somente após o término do procedimento administrativo demarcatório, ou seja, após a homologação da demarcação por Decreto presidencial e o registro imobiliário em nome da União. Fonte: APIB



Imunização para crianças indígenas
Após lutarem pelo seu reconhecimento como grupo prioritário na vacinação contra a #Covid19, os povos indígenas agora se organizam para enfrentar um novo desafio: garantir a vacinação de crianças indígenas por todo o país! A APIB, juntamente com suas organizações regionais de base, manifestou apoio à decisão da Anvisa de iniciar a imunização contra a Covid19 de crianças de 5 a 11 anos. Também foi exigida a inclusão de todas as crianças indígenas, dentro e fora dos territórios homologados, na campanha de vacinação, e a continuidade da vacinação dos adolescentes de 12 a 18 anos. Em 2021, a luta da Apib junto ao STF garantiu a inclusão dos povos indígenas como grupo prioritário na vacinação contra Covid-19, incluindo os povos que vivem no Brasil como povo Warao, que é refugiado da Venezuela. #vacinaparente Fonte: ISA

Foto: reprodução Instagram APIB


Crianças indígenas em risco
O projeto Achados e Pedidos, iniciativa da Abraji e @transparenciabrasil, apurou via Lei de Acesso à Informação as principais causas de óbitos em crianças indígenas de até 5 anos de idade. De 2018 a 2021, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, contabilizou 3.126 óbitos infantis entre populações indígenas. Fonte: ABRAJI

Demarcação já!

Em entrevista à Amazônia Real, o indígena Wanderley Pereira Rocha disse que, depois do último ataque cometido por pistoleiros, o fazendeiro Lorcir Bubans afirmou publicamente que a comunidade teria o prazo de até 5 de maio para sair da área. “Ele disse que não vai dar a terra dele para ‘vagabundo nenhum’ e que não reconhece a minha existência nem a existência da etnia Kanela”. A paralisação da demarcação da Aldeia Porto Velho é o foco da tensão. Fonte: Amazônia Real.


Medicina tradicional é resistência
As guerreiras Sateré Mawé seguem no fortalecimento da cultura das Mulheres Sateré Mawé por meio da valorização do uso da medicina tradicional. A iniciativa é resultado do projeto Nossas futuras florestas – Amazônia verde da ONG Conservação Internacional e da organização indígena COICA. via @ANMIGA

“Seguimos plantando sementes, seguimos sendo sementes. Sementes do nosso povo, sementes que reflorestam e dão frutos. Sementes Reflorestam mentes ✊🏽❤️🌳.” Reprodução/Instagram Sam Satere Mawé Foto: Tukumã Pataxó.


Comunicadores tradicionais em rede
Quilombolas, caboclos, caiçaras e indígenas Guarani M’bya vão transmitir as principais pautas das comunidades locais a partir de seus olhares e conhecimentos tradicionais. O grupo de comunicadores foi formado entre março e abril de 2021 e é uma frente de atuação no Fórum dos Povos e Comunidades Tradicionais do Vale do Ribeira, que existe desde 2016, e tem por objetivo principal apresentar para o público externo as principais pautas dos segmentos a partir de seus olhares e conhecimentos tradicionais. Além da comunicação de dentro para fora, o grupo enxerga que a comunicação interna é fundamental para que cada comunidade possa se envolver com as suas demandas e como o Fórum pode atuar. Fonte: ISA

Ativismo LGBTQIA+ indígena
Pelo direito de existir foi desenvolvido como parte do Movements and moments – feminists generations, uma iniciativa do Goethe Institut. O Projeto busca tornar visível ativismos feministas indígenas e suas Protagonistas, contando um pouco das histórias de Yakecan Potyguara e Yacunã Tuxá entrelaçadas com o contexto da colonização a partir de uma perspectiva do gênero e da sexualidade, forma acessível no formato de histórias em quadrinhos. O download gratuito dos quadrinhos pode ser feito no site do Goethe. via Mídia Índia

https://www.goethe.de/resources/files/pdf239/for-the-right-of-exist_indigenous-lgbtqia-activism-in-brazil_online_fa_pt_za-v1.pdf
https://www.goethe.de/resources/files/pdf239/for-the-right-of-exist_indigenous-lgbtqia-activism-in-brazil_online_fa_pt_za-v1.pdf