A exposição Rio Território Indígena foi criada para aproximar o público da rica e diversa produção artística contemporânea dos povos indígenas, através da apresentação de um recorte da I Bienal das Artes Indígenas do Rio de Janeiro. Com curadoria descentralizada pelo selo artístico Azuruhu.
A mostra surge em um momento crucial, reconhecendo a urgência de abordar questões relacionadas ao passado e ao presente colonial do Brasil. O país foi moldado por processos violentos de genocídio, etnocídio e miscigenação, que tiveram e tem um impacto profundo e duradouro nas comunidades indígenas. A exposição não apenas apresenta a beleza e a diversidade da arte indígena, mas também convida os visitantes a refletirem sobre essas dolorosas realidades históricas e atuais.
A exposição reafirma o papel vital da arte como uma ferramenta poderosa para enfrentar e dialogar com essas questões estruturais. Através das obras expostas, os artistas indígenas reivindicam seu lugar legítimo na formação da população, da cultura e da política do Rio de Janeiro. Cada peça de arte conta uma história, preserva uma memória e fortalece a identidade dos povos indígenas, contribuindo para a compreensão e valorização de suas contribuições essenciais para a sociedade brasileira.
Esta cartaz na Casa Tucum como parte da inauguração do centro cultural, a exposição apresenta ao público as criações de artistas contemporâneos em suas múltiplas linguagens, com obras de Moara Tupinambá (@moaratupinamba), Kandu Puri (@kandupuri), Sofia Gama (@ma.ngarosa), Juliana Gomes (@jaguatirikapintora), Zengoa Ariaacon Puri, Xapi Puri Teyxokowa (txori.arte), e Txama Xambe Puri Teyxokawa (@txamapuri) . As obras feitas a partir de diferentes técnicas, como argila, pintura, escultura e outras linguagens, dando relevo aos diferentes modos de fazer dos povos originários deste território, que é e sempre foi indígena. o evento destaca a participação de talentosos artistas indígenas de diversos povos indígenas, celebrando suas expressões culturais únicas.
Ao visitar a exposição, o público tem a oportunidade de se envolver profundamente com essas narrativas e reconhecer a resistência e a resiliência dos povos indígenas. A arte, neste contexto, torna-se uma ponte entre passado e presente, um meio de reivindicação de direitos. Para além de uma exposição a mostra se torna um espaço de encontro, aprendizado e transformação, onde as vozes indígenas são amplificadas e celebradas.
A mostra foi destaque na matéria realizada pela TV France na Casa Tucum. Assista aqui