Fotomontagem. Foto 1: Dona Nazária Mandú Lopes tira os talos das pimentas frescas wiitshia (pimenta pipira) colhidas em sua roça, próxima à comunidade Canadá, no rio Ayari, T.I Alto Rio Negro (AM). Foto 2: Dona Ilda Fontes da Silva a caminho da roça de pimenta de dona Nazária Mandú Lopes. Crédito: Carol Quintanilha/ISA
Para fechar o Abril Indígena, celebramos a arte feita à mão por mulheres que mantém vivos os saberes e os fazeres tradicionais do Alto Rio Negro em evento gratuito na capital paulista
No próximo dia 30 de abril, de 11 às 17h, a Bemglô da Oscar Freire vai sediar um potente encontro entre o público e a arte dos povos indígenas.“Indígena, ancestral e feminina: a arte do Rio Negro que é patrimônio do Brasil” é uma iniciativa coletiva realizada pela Tucum, Instituto Socioambiental (ISA), Bemglô, Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), Casa Wariró e Organização Indígena da Bacia do Içana (Arte Baniwa).
Quem comparecer ao evento vai poder conhecer de perto os produtos que simbolizam o jeito de viver de 23 povos indígenas que habitam a região do Alto Rio Negro, no estado do Amazonas. Entre os produtos que estarão à venda, uma coleção de cerâmicas únicas criadas manualmente por artesãs dos povos Tukano e Baniwa e também a pimenta tradicional Baniwa, que integram o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, reconhecido em 2010 como patrimônio imaterial cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Além das cerâmicas e das pimentas, teremos o pré-lançamento dos livros Cerâmica Tukano e Cerâmica Baniwa, desenvolvidos em parceria entre a FOIRN e o ISA com apoio de União Europeia e Nia Tero. E ainda uma roda de conversa, das 15h às 16h com a participação de André Baniwa, liderança do povo Baniwa e vice-presidente da Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), Amanda Santana, indigenista e sócia-fundadora da Tucum, Adriana Rodrigues, historiadora e pesquisadora do ISA, Patrícia Cota Gomes do Imaflora e da Origens Brasil e Thiago Oliveira, fotógrafo e autor dos livros dedicados à arte das ceramistas indígenas.
Esperamos você lá!
Ao adquirir um produto feito por artesãs indígenas, você adquire um patrimônio imaterial brasileiro que precisa mais do que nunca ser valorizado e protegido. Essa responsabilidade também é nossa, enquanto sociedade. Junte-se à luta pela manutenção dos modos de vida dos povos indígenas do Brasil. Compareça, divulgue, compartilhe, fortaleça esta bandeira que deveria ser de todes nós!
