Foto: Jorge Guiraud
O povo Asurini, habitante da região do Xingu, possui uma rica e complexa tradição de grafismos, aplicados tanto sobre corpos quanto em objetos e tecidos. Os grafismos Asurini são essenciais para a afirmação de sua identidade cultural e funcionam como uma linguagem visual rica em significados espirituais e sociais. A maioria dos desenhos deriva do padrão estrutural *tayngava* (“imagem” ou “representação”), ligado ao conceito de *ynga*, o princípio vital compartilhado por humanos e espíritos.
A partir do *tayngava*, desenvolvem-se diversos motivos que remetem tanto a elementos naturais – como animais e plantas – quanto a aspectos culturais, incluindo objetos fabricados e usados no cotidiano. Essa tradição gráfica é tão essencial quanto os rituais xamânicos, pois ambos atuam na transmissão de saberes e na manutenção da organização social entre os Asurini, perpetuando a cultura e o conhecimento tradicional de geração em geração.
Aplicam de forma minuciosa seus grafismos tradicionais em diferentes superfícies como cerâmicas, telas e bancos. Esses padrões visuais, são criados com palitos de madeira para garantir precisão.
Curadoria de artes Asurini na Plataforma Tucum