O texto do PL 490/07 representa uma ameaça aos direitos dos povos indígenas, pois permite a exploração hídrica e energética de seus territórios, além da exploração garimpeira, cujos efeitos devastadores são inquestionáveis, como ficou evidente na recente crise sanitária e humanitária que assolou os povos Yanomami. Foto e texto: Raíssa Azeredo | reprodução Instagram.
Nesta semana, assistimos com enorme preocupação e revolta a ofensiva contra os direitos dos povos originários do Brasil. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a PL490 trata da tese oportunista do Marco Temporal e viola os direitos dos povos indígenas. Em junho, o STF julga o projeto de lei e até lá é urgente mobilizar a sociedade como um todo contra essa tese oportunista porque o extermínio indígena é o sufocamento do planeta.
Estamos em guerra
Sumaúma destacou a crise no governo Lula entre os interesses ruralistas e a defesa da Amazônia por parte de Ministérios como o do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, recentemente esvaziados e enfraquecidos nessa disputa. Leia aqui a reportagem na íntegra.
Em artigo publicado na Folha de SP, a ativista Samela Sateré-Mawé explica por que o Marco Temporal viola os direitos originários dos povos indígenas a seus territórios, o que está em jogo nesse projeto de destruição e convoca a sociedade para lutar pela vida. Leia o artigo no site da APIB.
Efeito Kopenawa
Em entrevista especial à Amazônia Real, o xamã e pensador Davi Kopenawa fala sobre a importância de manter-se vivo e atuante em diferentes frentes de luta por seu povo Yanomami. Universidade Federal do Estado de São Paulo deu à concessão da primeira outorga de Doutor Honoris Causa, título inédito na história da Unifesp, para Davi Kopenawa Yanomami e que ele recebeu, em março, dentro de uma série de homenagens batizadas de efeito Kopenawa.
Corpo-território, corpo-chão
Corpo-território é fruto de um curso oferecido pela plataforma Papo de Bruxa, que convidou a curadora Sandra Benites Guarani Nhandewa para se reunir com as mulheres inscritas durante novembro de 2020. Cada um dos cadernos corresponde a um dos encontros, seguindo a ordem dos acontecimentos. Este primeiro Caderno é a transcrição da aula 1, “O nosso corpo é o nosso chão”. para acessar e baixar gratuitamente os cadernos e diversos e preciosos conteúdos promovidos pelo Selvagem – Ciclo de estudos, é só acessar: http://selvagemciclo.com.br/cadernos/
Artivismo
Essa arte mais que oportuna para o momento é de Ajú Paraguassu, artista formada pela UFBA, diretora de arte e mensageira visual na Manifesta Coletiva. Ajú também atende por Juliana e desenvolveu a identidade visual da campanha da deputada federal e líder da Bancada do Cocar, a super Célia Xakriabá.