O ancião e mestre-artesão Dokta Rikbaktsa, com quem tivemos o prazer de estar novamente junto à sua comunidade da aldeia Babaçuzal, no MT. Com uma flauta feita por ele, seu Dokta também detém as técnicas ancestrais de seu povo na arte plumária, praticada com primor pelos Rikbaktsa. Foto: Ana Caroline de Lima/OPAN.
TUCUM EM CAMPO
Conhecer, reconhecer e fazer conhecer as artesanias dos povos originários é o propósito da Tucum existir. Na semana passada, reencontramos a comunidade da aldeia Babaçuzal do povo Rikbaktsa, na T. I. do Escondido – MT. Pisar na terra indígena é sempre um aprendizado que envolve uma certa disponibilidade de escuta e sensibilidade na observação que configuram experiências únicas.
Em breve, traremos algumas histórias por trás deste campo junto às mestras-artesãs Rikbaktsa e suas técnicas ancestrais. Conheça a força e sofisticação de suas biojoias na Plataforma Tucum.
MARCO TEMPORAL, NÃO!
Entre os dias 5 e 8 de junho uma nova mobilização chega a Brasília para mais uma vez lutar pelo direito originário aos territórios ancestrais, contra o marco temporal. Essa tese, que está tramitando e entra em pauta no dia 7 de junho no Supremo Tribunal Federal, é uma afronta aos direitos dos povos indígenas. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil convida a todos e todas para mobilizarmos contra o genocídio dos nossos povos, contra a tese do Marco Temporal, em defesa da vida.
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Causa indígena em Cannes
A Aliança Fundo Amazônia foi lançada pelo programa Fundo Amazônia e a Federação Nacional de Associações, Centros e Clubes da Unesco no último fim de semana no festival de cinema mais famoso do mundo, em Cannes, França. O fundo visa financiar projetos de organizações sem fins lucrativos para a geração de renda estável para os povos indígenas que vivem na região amazônica. Lideranças indígenas como o cacique Raoni, Bemoro Metuktire, Tapi Ywalapti, Watatakalu e Yabuti, que estão em Cannes para o lançamento do filme “Raoni: uma amizade improvável” também foram convidados, além da Ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara e da deputada Célia Xakriabá. Fonte: Agência Brasil.
Dossiê apresenta quem está por trás das disputas sobre territórios indígenas
O relatório “Os Invasores: quem são os empresários brasileiros e estrangeiros com mais sobreposições em terras indígenas“ mostra a relação entre empresas e iniciativas de diversas áreas de atuação e a sobreposição de terras indígenas. Publicado pelo De Olho nos Ruralistas, um observatório do agronegócio no Brasil e de seus impactos sociais e ambientais, o dossiê traz em sua relação, proprietários de espaços culturais cultuados nas cidades do Rio e SP, como a Fábrica Bhering e a Casa de Francisca. Fonte: Brasil de Fato.
Petróleo X Amazônia
Suely Araújo é especialista-sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do Ibama e responsável por vetar em 2018 o outro pedido de licenciamento de atividades de perfuração na região. As falhas no pedido da Petrobras para prospecção de petróleo na Foz do Amazonas levaram à negativa da licença por parte do Ibama na semana passada, são similares às que levaram ao veto de 2018. Em entrevista à Agência Pública, Suely comenta as implicações da decisão do Ibama e a situação das demais bacias onde ainda não foram liberados o estudo ou a exploração de petróleo. Leia aqui a íntegra a matéria de Giovana Girardi, publicada pela Agência Pública.
Ainda sobre o impasse político e as disputas acerca da exploração de petróleo no foz do Amazonas e o compromisso assumido pelo Governo Lula com a obtenção de energias sustentáveis como alternativas ao petróleo, a Sumaúma também traz ótimos textos e pontos de reflexão sobre o assunto, aqui.
Resistência Pataxó
O povo Pataxó da comunidade de Barra Velha, localizada no município de Porto Seguro – BA, tem se mobilizado em mutirões para reerguer o centro cultural que já foi incendiado duas vezes. Em 523 anos de invasão do território indígena, reerguer a Maturẽbá TururῙ Pataxó, pela terceira vez, é mais uma expressão da resistência e da força do povo Pataxó, o primeiro povo a ter contato com a intrusão do “homem branco”. O trabalho acontece em meio aos ataques sobre as retomadas e à autodemarcação conduzida há poucos quilômetros da aldeia mãe. O nome do centro é uma homenagem ao antigo Cacique TururῙ, que cruzou o litoral a pé, seguindo as linhas de telégrafo e, junto com sua comitiva, alcançou a capital para buscar o direito originário à terra, na década de 1950. Fonte: APIB. Leia mais, aqui.
EXPO Nhe’ẽ Se – Desejo de Fala em Brasília
Sob curadoria de Sandra Benites e Sallisa Rosa, 12 artistas indígenas de diferentes regiões do Brasil expõem através de suas obras um pouco da diversidade das populações e suas falas, artes e lutas. A expressão Nhe’ẽ Se pode ser entendida como “desejo de fala” ou, traduzindo do guarani para a sociedade não indígena, como fofoca, desabafo, debate. Aislan Pankararu (PE) @aislanpankararu, Aju Paraguassu (BA) @aju.paraguassu, Arissana Pataxó (BA) @arissanapataxoportfolio, Déba Tacana (RO) @deba.tacana
Edgar Kanaykõ Xakriabá (MG) @edgarkanayko, Glicéria Tupinambá (BA) @celiatupinamba, Lilly Baniwa (AM) @lillybaniwa, Merremii Karão Jaguaribaras (CE) cabocla_serpente, Paulo Desana (AM) @paulo_desana
Tamikuã Pataxó (SP) @tamikuatxihi, Uýra Sodoma (AM) @uyrasodoma
Xadalu Tupã Jekupé (RS) @xadalutupajekupe compõem a exposição com suas obras. Até 9 de julho, na Caixa Cultural Brasília.