Toda semana aqui no blog, nosso radar sobre o movimento indígena
AMAZÔNIA SAQUEADA
O desmatamento na Amazônia brasileira atingiu novo recorde para janeiro já nas três primeiras semanas do ano, segundo dados do programa Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O desmatamento da Amazônia em janeiro do ano passado foi quatro vezes menos do que o registrado nas três primeiras semanas de 2022. “Um número tão alto em janeiro, que é o pico da estação chuvosa, certamente chama atenção e nos deixa extremamente preocupados”, disse à AFP Claudio Angelo, da ONG Observatório do Clima. via@casaninjaamazonia
A ROTA DE DESTRUIÇÃO DA MINERAÇÃO
Em 2020, três de cada quatro hectares minerados no Brasil estavam na Amazônia, afirma Lúcio Flávio Pinto em artigo. Bioma dominado por água e floresta, alvos de atividades predatórias há mais de meio século, a Amazônia se tornou uma das principais fontes de minérios do mundo, sendo as maiores áreas de garimpo em terras indígenas os territórios Kayapó e Munduruku , no Pará, e Yanomami em Roraima. Fonte: Amazônia Real.
ISOLADOS OU DIZIMADOS
Quatro portarias da Fundação Nacional do Índio (Funai) que protegem territórios de povos indígenas isolados estão prestes a expirar. Se elas não forem renovadas, as Terras Indígenas Piripkura (MT), Pirititi (RR), Jacareúba/Katawixi (AM) e Ituna/Itatá (PA) estarão desprotegidas e podem ser invadidas. Por isso, é importante exigir que a Funai renove as portarias de restrição de uso com um tempo suficiente para garantir estudo e a proteção desses povos que decidiram viver autônomos em seus territórios.
Nesta semana, a restrição de uso da Terra Indígena Ituna-Itatá (PA) foi renovada, mas por apenas seis meses, o que não garante a proteção integral do território. Saiba mais sobre a questão dos grupos isolados no Brasil aqui.
DOCUMENTÁRIO INDÍGENA PREMIADO EM SUNDANCE
“O Território”, documentário produzido com indígenas que mostra a História desse povo pela defesa de suas terras, venceu duas categorias no Festival Sundance de Cinema. Filmado em Rondônia, com participação de cineastas locais, o filme fala da luta do povo Uru-Eu-Wau-Wau através da narrativa de Bitaté, um jovem Uru-Eu-Wau-Wau e a indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha. Fonte: G1.
EDUCAÇÃO INDÍGENA
Juvêncio Cardoso é educador, Mestre em Ciências ambientais e indígena do povo baniwa. Depois de vivenciar o desafio de aprender nas escolas tradicionais da cidade, ele potencializou a metodologia de educação indígena para seu povo. “A gente quer que eles usem o conhecimento para defender seu território. Mas não abandonamos os aprendizados da nossa terra. Nosso modo tradicional de educação também é importante para a nossa defesa”. Conheça a história de Juvêncio aqui. via@apiboficial
OCUPAÇÃO PELA EDUCAÇÃO
Há três dias, lideranças indígenas do Baixo Tapajós ocupam a Secretaria Municipal de Santarém (PA) para garantir que suas propostas sejam incorporadas no edital que vai definir os gestores, assim como o número mínimo de alunos indígenas por turma. Para ajudar a manter a ocupação, o Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns-CITA disponibilizou seu PIX (Chave: 93991922009).
ACESSO E FORMAÇÃO
O programa Access E2C foi desenvolvido para auxiliar na aprendizagem e no aperfeiçoamento da língua inglesa de jovens profissionais e/ou empreendedores negros e indígenas de todo o Brasil. Realizado de forma gratuita e remota, o curso é voltado para pessoas entre 18 e 35 anos e está com inscrições abertas até 13/02!
JAIDER NA BIENAL DE VENEZA
Os artistas brasileiros Lenora de Barros, Rosana Paulino, Jaider Esbell, Luiz Roque e Solange Pessoa foram confirmados na principal mostra da Bienal de Veneza deste ano. Esta é uma das maiores participações de representantes brasileiros no evento nos últimos anos e traz o indígena macuxi Jaider Esbell, morto aos 41, no ano passado, artista em ascensão e um dos grandes destaques da Bienal de São Paulo do ano passado, edição com maior número artistas representantes de povos originários. Fonte: Folha de SP.
LITERATURA E ANCESTRALIDADE
Sábado, 05/02, vai rolar live com as escritoras e pesquisadoras indígenas Julie Dorrico e Paolla Andrade Villela. O evento faz parte das conversas abertas promovidas pela Ventania Cultural.
DESCOLONIZANDO AFETOS
Escritora e psicóloga do povo Guarani, Geni Núñez pesquisa sobre gênero e culturas afetivas que celebrem relações mais inclusivas e diversas. “A monocultura é um sistema que não admite a concomitância – é preciso derrubar uma floresta para existir um campo de monocultura, por exemplo. E percebi que ela também existe no pensamento, levando ao que eu chamo de monocultura dos afetos”. Para quem se interessa sobre o tema, Geni promove de tempos em tempos o curso “Descolonizando os afetos”, com informações disponíveis no perfil da Geni. via@revistatpm